Pós moderno

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

. (Bienal de Veneza de 1980)

Trago aqui a definição da palavra "pós-moderno", assunto sempre presente em estudos pessoais, jornais, revistas, mesa de bar...assunto polêmico!

Para muitos o movimento pós moderno pode ser considerado como um movimento critico e coerente com o seu tempo histórico, enquanto que para outros, representa um movimento cínico comercial e superficial...

Existem várias vertentes de criticas, muitas nem esbarram uma nas outras, e outras já se pode estabelecer um elo. A questão é que para entender o movimento pós moderno é preciso entender o movimento cultural e econômico que acontece nos anos 70, aliado às fragilidades que começam a aparecer no movimento moderno a partir dos anos 50.

Com a crise do fordismo ( o capitalismo que até os anos 50 tinha uma função mais "integradora"), torna-se um capitalismo avançado que tem como função a desintegração, uma vez que não se baseia mais na mão de obra da indústria e no seu mercado consumidor. Esse "novo capitalismo" se baseia no setor terciário da sociedade, onde o mercado e a renda são para poucos.

Esse é um fato econômico que explica a des-estruturação do movimento moderno arquitetônico. Já que não vai mais ser uma arquitetura de reconstrução e voltada para o operário.

Isso vai gerar também transformações culturais, econômicas e políticas. A sociedade vai querer acompanhar uma velocidade de acontecimentos que esse capitalismo gera. Como a internet, a televisão, a globalização...
Portanto não existe mais um "tempo" só. Mas sim vários. Isso de uma certa forma permite a diversificação, ou seja, a sociedade já não pode ser vista de uma forma coletiva, existem diversidades.
O individuo passar a ser visto no individual e não mais no coletivo. As filosofias que explicam a sociedade de formas totalizantes irão cair e perde espaço para as filosofias que tentam entender o individuo com a sua experimentação do mundo. É o fim da sociedade de massa e da padronização.

É nesse contexto que surge o " movimento pós moderno", uma vez que admite tudo isso. Nesse movimento os manifestantes vão buscar vivenciar e entender essa diversidade e ao mesmo criticar a postura do movimento moderno, criticando principalmente o seu formalismo. Por exemplo, o urbanismo pós moderno não propõe nada, pois sabem que o próprio sistema não admite um padrão, um planejamento ( caracteristicas presentes no urbanimo moderno). Assim entende-se o movimento como uma reação às respostas "imediatas".

1 comentários:

João Villaverde disse...

Bom texto, Juliana. A análise está muito bacana. bjs